terça-feira, 20 de maio de 2008

MONOCONDUÇÃO



A FNITST ( Federação Nacional Independente dos Trabalhadores Sobre Trilhos) esteve reunida em Brasília no dia 30/04 com a diretoria da ANTT para discutir a proposta da agência de regulamentação da monocondução. Os representantes da FNITST-CUT Arnaldo Fernandez, Roque Ferreira, Paulino Moura, Índio e Cleófas, foram recebidos pelo gerente da SUCAR Adelino de Freitas, que informou ter recebido documento da entidade protocolizado em 10/04 apresentando um conjunto de razões técnicas, legais , sócias e políticas que sustentam posição contrária a pratica da monocondução. Segundo Adelino de Freitas, a ANTT foi obrigada a realizar a audiência publica, em virtude das operadoras privadas ALL, MRS e FCA estarem usando a monocondução sem nenhuma regulamentação que garanta a segurança da operação. Frisou ainda, que a ANTT recebeu várias manifestações de deputados, senadores e ministros manifestando preocupação como assunto e com os impactos negativos que o mesmo pode provocar à categoria ferroviária.

Como fica a situação agora?

A diretoria da ANTT vai produzir relatório sobre o assunto que deve ser aprovado precisa receber a maioria dos votos dos diretores. Antes que isso ocorra, a agência deverá submeter o seu relatório à Procuradoria Geral da União para que todos os aspectos legais possam ser analisados a luz do ordenamento jurídico nacional. O Congresso Nacional também deverá se pronunciar sobre o tema. Todos os deputados federais e senadores receberam oficio da FNITST-CUT onde foram apresentadas todas as razões que vem sendo realizada ilegalmente pela ALL, MRS, e FCA.

Estamos preparados para combater a monocondução

Como o seguro morreu de velho, a FNITST-CUT, contrataram o Escritório de advocacia, Riedel Resende de Brasília, para acompanhar a tramitação na ANTT, e se for o caso impetrar todas as ações judiciais necessárias para proibir a sandice denominada monocondução. Por outro lado, todos os ferroviários que hoje integram a tração(maquinistas, maquinistas auxiliares e manobradores), devem estar preparados e dispostos a ir à luta para mantermos todos os postos de trabalho. Vários colegas que foram contratados a partir de Janeiro de 2007, e que estão trabalhando como maquinistas e auxiliares só estão na NOVOESTE porque conseguimos com luta e na justiça barrar a monocondução. Sem luta não haveria esta conquista que hoje garante o trabalho de muitos.


1º. De maio – dia de luta do trabalhador

Em 1º de Maio de 1886, em Chicago(EUA), são marcadas manifestações com a palavra de ordem: “8 horas de trabalho, 8 horas de descanso, 8 horas de educação”.
O choque com repressão violenta é inevitável: 38 mortos, centenas de feridos e vários líderes presos. Depois de um julgamento absurdo(uma farsa), sob acusação de terem assassinado um policial, cinco operários foram condenados à morte(Lingg suicida0se e Spies, Parsons, Fischer e Engel são enforcados), Neebe, Schwab e Fielden são condenados à prisão perpétua. Antes de sua morte, August Spies disse: “ Com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário. Aqui vocês, apagam uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, chamas crescem e vocês não podem apagá-las.” Enquanto isso a burguesia vociferava: “ A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social.” (Chicago times); “ Esse brutos (os operários) só compreendem a força, uma força que possam recordar durante várias gerações...”(New York Tribune).
Em 14 de julho de 1989 o Congresso Internacional dos Partidos Socialistas, realizado em Paris, proclama o 1º de Maio como a data internacional de luta dos trabalhadores.
No Brasil os primeiros movimentos relacionamentos ao 1º de Maio aconteceram em 1890. Mas a primeira grande manifestações do 1º de Maio ocorreu no Rio de Janeiro, em 1906, organizada pela Confederação Operária Brasileira (COB- primeira experiência de central sindical do país). Contrariando as tendências da época a COB combatia veementemente aqueles que encaravam a data como feriado, como festa. As palavras de ordem eram : jornada de 8 horas ; melhores condições de trabalho autonomia sindical.
De lá pra cá, os trabalhadores obtiveram muitas conquistas com sua luta: direitos como férias, 13º salário, jornada de 8 horas diárias, etc. Entretanto alguns direitos foram retirados, outros estão hoje ameaçados e outros estão ainda por serem conquistados.
Em 2008, pleno Governo Lula eleito pelos trabalhadores, o 1º de Maio está marcado pela luta pela redução de jornada de 44 horas semanais para 40 horas semanais. A CUT está realizando as plenárias estaduais e realizará a plenária nacional em Agosto. Nas assembléias dos sindicatos que elegerão os delegados , o que deve estar no centro é a independência da Central Única dos Trabalhadores, o que passa pela exigência da CUT para que Lula rompa com o governo de coalizão nacional com a burguesia e atenda as reivindicações dos trabalhadores!

Aposentados e pensionistas da RFFSA

Campanha salarial

Em reunião realizada em Brasília em 30/04, a Valec entregou ao Sindicato o termo de garantia da data dos ferroviários da extinta RFFSA e também de prorrogação do acordo em vigor. As negociações com a empresa se darão nos meses de maio e junho. O que for acordado em termos de reajuste salarial também se aplicará aos ferroviários aposentados e pensionistas. Participem das reuniões mensais que são realizadas nas sedes do sindicato em Bauru, Araçatuba, Três Lagoas, Campo Grande, Aquidauana e Corumbá, para que você fique sempre bem informado.

Imóvel da extinta RFFSA

Participamos de reunião em Brasília com o Dr. Kleber Laexandre Balsanelli da Secretaria de patrimônio da União, onde ratamos da questão do imóveis da RFFSA, principalmente as casas utilizadas por ferroviários. De imediato fomos informados que as ações de despejo que atingiram os moradores inadimplentes estão suspensas. A Secretaria vai constituir um grupo de trabalho com representantes indicados pelas organizações dos ferroviários para em conjunto com a Caixa Econômica Federal viabilizaram projeto de financiamento dos referidos imóveis, inclusive das dividas. O sindicato vai solicitar da inventariança em Bauru, a relação de todos os ferroviários que estão em divida com a RFFSA para que possamos ter um quadrado da situação na nossa base. Vamos precisar deste levantamento, para cruzar os dados e verificar os usuários de imóveis que também integram ações judiciais, para que possamos em conjunto com a Secretária viabilizar acordo para que os valores que os ferroviários tenham a receber possam ser usados para
quitação total ou parcial do imóvel.